Revista da USP aborda os males da publicidade para crianças

06 de março de 2012
Revista da USP aborda os males
da publicidade para crianças
"Cardápio gordo em casa e na TV", este é tema geral de uma série de reportagens publicadas na edição 136 da Revista Espaço Aberto, da Universidade de São Paulo (USP). As reportagens chamam a atenção para dois fatores que colocam em risco a saúde de crianças e adolescentes: a publicidade infantil e a má educação alimentar da família.
A revista mostra que 8 milhões de crianças brasileiras estão acima do peso, segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso equivale a 33,5% das pessoas entre cinco e nove anos no país. Nos últimos 20 anos, os casos de obesidade infantil mais do que quadruplicaram.
Os efeitos da TV sobre os hábitos alimentares das crianças são devastadores: 4 horas e 51 minutos é o tempo médio que as crianças brasileiras assistiram televisão em 2005, de acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, o Ibope. Um tempo às vezes maior que o dedicado à escola ou ao contato com os pais.
De acordo com pesquisadores que fizeram estudos com a programação infantil das duas maiores redes de televisão do país, as propagandas alimentícias são quase sempre de alimentos não saudáveis. Do total de peças publicitárias de alimentos na TV, em todos os horários, 96,7% são de produtos gordurosos e com alto teor de açúcar ou sal, segundo pesquisa de 2009 da Universidade de Brasília (UnB).
Em 2010, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após anos de audiências e consultas públicas, publicou a Resolução nº 24/2010, para regulamentar a publicidade de alimentos no país, medida defendida pela 3ª e 4ª Conferências Nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional e por uma centena de entidades sociais. A resolução, porém, foi suspensa por liminar na Justiça, atendendo ação da indústria alimentícia. 
Na revista, o professor Gino Giacomini Filho, que leciona Publicidade e Propaganda na Escola de Comunicações e Artes da USP, defende a regulamentação. "As entidades que são contra essa norma parecem não entender ainda os graves problemas de saúde pública envolvendo obesidade, pressão alta, diabetes e outras doenças que afetam a população brasileira e o grande peso que a propaganda representa para esta situação", argumenta ele.
Clique aqui para ler a revista.
Fonte: Revista Espaço Aberto - USP
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