Direitos Sexuais e Reprodutivos é tema de encontro da Rede Nossas Crianças

Direitos Sexuais e Reprodutivos é tema de encontro da Rede Nossas Crianças

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Na último dia 14, foi realizado o encontro mensal da Rede Nossas Crianças na organização social Associação de Apoio ao Projeto Quixote.
Com o tema Direitos Sexuais e Reprodutivos, o evento contou com a participação de mais de 50 educadores das organizações sociais. 

Na oportunidade, a palestrante Maria Helena Vilela, atual Diretora Executiva do Instituto Kaplan, abordou os temas: Saúde Pública e Sexualidade Humana.
Reconhecidos em leis nacionais e internacionais, os Direitos Sexuais e Reprodutivos garantem que as pessoas possam expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações, imposições e com respeito pleno ao corpo. “A discussão sobre os Direitos Sexuais é um dos caminhos que podemos utilizar como forma de desmistificar o medo das pessoas em tratar sobre sexo com as crianças e com os adolescentes”, afirmou Maria Helena. 

Ela ainda ressaltou que, em décadas passadas, o tema sobre a sexualidade teve como base a prevalência da autoridade do adulto e a submissão da criança e do adolescente. No entanto, com as transformações sociais e mudanças nos valores humanos, atualmente, falar sobre sexo, representa para a criança e para o adolescente o direito de questionar, expressar e argumentar sobre a sua sexualidade.
“É primordial ouvir a criança, pois ela pode nos surpreender com suas colocações e, na maioria das vezes, nos trazem uma alerta para possíveis agressões e abusos. Ouvir as crianças é uma das ações de prevenção que devemos garantir”, alertou.

A possibilidade do indivíduo, por exemplo, o adolescente, expressar o seu potencial sexual, deve vir acompanhada de orientações e conhecimentos sobre o assunto. “É na adolescência que vai haver o interesse sexual da menina e do menino. É neste momento que esse adolescente vai começar a ter o entendimento do seu corpo e de seus desejos. É uma maneira de prepará-los para lidar com essas descobertas sexuais da juventude. Os educadores deverão ter como ferramenta necessária a aplicação da educação sexual no cotidiano desses jovens”, explicou.

Segundo Marcos Muniz, representante da organização social Liga Solidária, um grande número de educadores das organizações não possui o domínio para abordagem dessa temática com as crianças e adolescentes. “Vejo de extrema importância que esse tema seja discutido entre nós, educadores, pois é pelo debate que teremos respaldo em dar apoio educacional às crianças e aos adolescentes. Participar dessa discussão na reunião da Rede me despertou a vontade de entender mais sobre o assunto”, contou Marcos Muniz.

Maria Helena ainda fez uma ressalva de que participar da reunião da Rede Nossas Crianças foi a primeira experiência dela em trazer a discussão do tema direitos sexuais e reprodutivos com foco nas crianças e nos adolescentes. "O meu foco, quase sempre, é sobre Sexualidade e Prevenção da Gravidez na Adolescência, nunca antes tinha falado sobre a criança e o adolescente como atores principais desse assunto. Parabéns a Rede Nossas Crianças pela preocupação e sensibilidade em trazer a importância do tema”, enfatizou a palestrante.
Faça o download da apresentação utilizada no encontro: clique aqui.
Rede Nossas Crianças
Hoje, a Rede Nossas Crianças é formada por mais de 166 organizações sociais que atuam em benefício de mais de 60 mil crianças, adolescentes e jovens de 46 municípios. Uma vez no mês, os representante dessas organizações se reúnem com a missão de criar e fortalecer em rede as ações de mobilização, articulação e capacitação para influenciar as políticas nas áreas da criança, adolescência e juventude. 

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