Dia do Assistente Social: a luta de Salete Dobrev pelos direitos da sociedade

O dia 15 de maio é dedicado aos assistentes sociais, profissionais dedicados a garantir os direitos, buscando promover o bem estar da população, além de melhores condições de vida, trabalho e saúde das pessoas que estão enfrentando a vulnerabilidade social.

Vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, o Conselho Estadual de Assistência Social (CONSEAS) é um órgão criado por lei e cabe à pasta social prover toda a infraestrutura necessária para o seu funcionamento.

Dentre suas principais competências, ele é responsável por aprovar a política de assistência social no âmbito estadual e o Plano Estadual de Assistência Social (PEAS). O Conselho ainda acompanha e fiscaliza a gestão e execução dos recursos alocados no Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS).

No Dia do Assistente Social, Salete Dobrev, presidente do Conselho, fala um pouco mais sobre como é atuar ativamente na luta pelos direitos humanos há mais de 30 anos. Leia abaixo:

Quando você assumiu a presidência do CONSEAS?

Minha trajetória no CONSEAS vem de longa data. Assumi a presidência e vice-presidência por diversas vezes em outras gestões. Neste atual mandato como conselheira, assumi a presidência em junho de 2020.

Neste tempo que está à frente do Conselho, quais foram os maiores desafios?

Considero minha atuação como conselheira um aprendizado constante, pois a Política de Assistência Social é muito dinâmica. Porém o processo conferencial, sem dúvida é sempre muito desafiador. Nesse ano de 2021, estamos organizando a XII Conferência Estadual de Assistência Social de forma virtual, além de orientarmos os 645 Conselhos Municipais de Assistência Social (CMAS) do Estado.

No Dia do Assistente Social, qual é, na sua perspectiva, a importância da assistência social?

A assistência social entendida como política pública de direito, a partir da CF/88 e da promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) em 1993, conquistou um novo patamar, passou a ter maior visibilidade, a ser uma política de direitos e não mais mero assistencialismo. A partir desses marcos históricos, a população mais vulnerável hoje tem acesso a diversos serviços socioassistenciais, estruturados pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), por intermédio da rede de proteção social, nas três esferas de governo.

Quais competências você considera necessárias para a execução do serviço de assistência social?

Cabe um esclarecimento inicial: a política de assistência social organizada pelo SUAS deve ser executada por um conjunto de profissionais denominados “equipes de referência”. Todos esses profissionais, dentre eles os assistentes sociais, devem ser capacitados de forma contínua, podendo assim desempenhar seu papel adequadamente, de acordo com as especificidades de cada serviço.

Como o Conselho está agindo nestes tempos de pandemia?

Durante este período atípico que estamos vivenciando, o CONSEAS não paralisou suas atividades e procuramos nos adaptar. A partir de abril de 2020, passamos a realizar nossas reuniões de forma virtual, além de utilizar as redes sociais para agilizarmos a comunicação entre os conselheiros estaduais e no contato com os Conselhos Municipais de Assistência Social.

O que você diria para os profissionais que estão começando no serviço social agora, especialmente durante a pandemia?

Entendo que o assistente social tem um grande desafio na sua profissão, não só nesse período de pandemia, destacando aspectos importantes como o compromisso com o outro, primar pela qualidade dos serviços prestados e aprimoramento profissional de forma sistemática de acordo com sua área de atuação.

O serviço social está muito ligado às pessoas. Você acha que é possível não se envolver com as histórias de cada um?

Nesse contexto, realmente é muito difícil manter o envolvimento emocional controlado, isso aprendi na época de faculdade. Como assistentes sociais, lidamos no nosso dia a dia com pessoas que apresentam as mais diversas situações de vulnerabilidade, com comportamentos diversos e torna-se muito difícil não nos sensibilizarmos, não termos empatia.

Quais valores você reconhece como fundamentais na relação entre assistentes sociais e o público, ou seja, com as pessoas que utilizam os serviços?

No tocante aos valores humanos, cada indivíduo tem os seus. A nossa relação com o público deve ser o mais transparente possível e devemos estabelecer uma relação de respeito, tolerância e responsabilidade com o outro.

Fonte: https://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/dia-do-assistente-social-a-luta-de-salete-dobrev-pelos-direitos-da-sociedade/